sábado, dezembro 01, 2007





É uma constante.
Aos primeiros acordes da guitarra, o meu olhar tolda-se, deixo-me fundir nas cordas que vibram, chorosas.
Não lhe sabia nome até ontem.
Nem sequer que há voz, vozes diferentes, que a acompanham.
No entanto prefiro-a assim, sem esse distúrbio vocal, simples.




É o mais próximo que consegui encontrar:



Historia de Un Amor
Composição de Carlos E. Almarán




segunda-feira, novembro 26, 2007





E porque se falava em povo, em como o fazer agir e reagir, em ordens e por aí fora, lembrei-me de que tinha ali guardada uma foto manhosa -- peço desculpa pela falta de qualidade -- que tirei nos lavabos do Bank of Canada. Não nos lavabos que são usados pela clientela, mas sim aqueles que os empregados* utilizam.


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* - Esta informação é de notável relevo; para mim.





segunda-feira, novembro 12, 2007





I'm feeling emotionally sick...

Com os olhos vidrados, mas sem lágrimas, disse-me a Verónica esta manhã, a escassos minutos de sair para apanhar o autocarro. Não sabe explicar muito bem a razão porque assim se sente. Uma das vontades de chorar: porque gostaria de passar mais tempo com o pai (admirei-me bastante deste questionar subentendido, uma vez que tem vivido com ele cada dia da sua vida). Voltou à carga com a inadaptação a esta nova escola e à falta de amigos que sente; algo invulgar nela, foi sempre bastante sociável.
As manhãs são sempre uma correria infernal. Exaustam e trazem muitas vezes memórias não tão alegres que trazemos reprimidas durante as horas mais joviais do dia.

Eu senti-me uma perfeita idiota ao escutar-lhe as palavras ditas com tanta, e afirmada, certeza. Idiota e incompetente, por não saber como lidar com este tipo de situação. Situação pela qual eu mesma, infinitas vezes, passo mas nunca verbalizo.
E orgulhosa dela. Por vê-la madura o suficiente e saber ter consciência das mudanças que atravessa.

Como ela, também eu me sinto engolida pelo tempo. Ou pelo Tempo.
Desejosa que não houvessem tantas e variadas distracções como se vêm nos dias de hoje, que nos fazem querer multiplicar em vários eus só para poder usufruir de todas elas.
Quando, no fundo, um bom livro, uma companhia sem igual, ou um recostar-se à sombra duma qualquer árvore, são exemplos do simples que mais necessitamos.







O Daniel desapareceu de casa e esteve ausente durante umas duas horas.
Tinha aparecido cá em casa um dos amigos dele da escola. Um tal de Anthony, pela primeira vez. Esperou uns minutos lá fora enquanto o Daniel terminava os deveres, e ,logo a seguir, deixei-os a brincar no jardim aqui à frente de casa, juntamente com o David e um outro amigo costumeiro. Quando mais tarde me dei conta de que o Daniel já não se encontrava com o irmão, e depois de ter questionado este se sabia para onde ele tinha ido, comecei a ficar preocupada. Achei estranho ele ter saído sem me ter dito onde ía - nunca o fez até agora.
Após esperar alguns minutos, decidi investir numa procura.
Reparei que ele levou a bicicleta para poder acompanhar o Anthony.
Só podia estar num dos parques que ficam ao redor. Assim fiz. Corri-os todos umas três vezes cada um. Nada do moço. Com a preocupação e a irritação a escalarem vertiginosamente, investi numa visita a casa do amigo. Às apalpadelas lá dei com a casa e com uma outra mãe completamente no escuro, mas esta sem muita ou nenhuma da preocupação que eu levava; o que me deixou ainda mais a ferver.
Com a noite a aproximar-se e a fumegar pelos olhos, num rompante desisti do carro, peguei na bicicleta e enveredei pelo caminho que costuma ser atracção fácil aos gaiatos. Nem a meio dele ía, quando me deparo com os dois "rufias" pela frente a pedalarem muito contentes de encontro a mim.
(Não sei ao certo se me apetecia esbofeteá-lo se abraçá-lo ao ver as suas faces rosadas...)
Enviei então o Anthony para casa e convidei-o a nunca mais me bater à porta, (... talvez... talvez tenha sido bastante dura com ele... talvez) e quanto ao Daniel, pedalava vigorosamente à minha frente, de sobrolho carregado sem perceber muito bem a razão da minha fúria.
Depois de acalmados os ânimos - meus e dele - conversamos sobre o sucedido.

E agora eu mastigo situações:

Durante duas horas há miúdos que vagueiam pelas ruas da cidade, sem a presença de algum adulto, e não há "lei" alguma que proíba os pais de os deixarem andar à solta. Com oito anos já podem ir para o autocarro, parque ou casa de amigos, sózinhos. No entanto, se os pais deixarem estes mesmos catraios de oito anos em casa sózinhos, pelo mesmo período de tempo, são passíveis de graves transtornos e repreensões por parte de organizações que se dizem pela segurança das crianças.

Ultrapassa-me. Tudo isto é-me perfeitamente descabido.



segunda-feira, outubro 29, 2007




Shrew, disse-me o carteiro enquanto me estendia as cartas. Mas já segundos antes ouvi um tilintar no cérebro que me soou o nome Musaranho. O estranho caso de nomes dos quais desconhecemos a forma. A verdade é que nunca até ali tinha visto semelhante bichinho; não seria maior do que o meu dedo, o indicador.
Era uma manhã de Agosto, sol resplandecente, a cores quentes.


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terça-feira, outubro 23, 2007




The whaaat...?!







quinta-feira, outubro 04, 2007





É sempre aquele reflexo maternal, ou o tal instinto, que vem ao de cima sempre que vejo crianças de bicicleta; abrando e mantenho os olhos nelas até me afastar de vez, principalmente quando reparo que os pais - neste caso a mãe, imagino eu - se encontra a uns bons vinte metros à frente dela. Dei comigo a proferir um Auuu! quando a vi estatelar-se de cara contra a parede. Doeu, com certeza. Tinha tentado enfiar a bicicleta entre a parede e um carrinho de compras desleixado em cima do passeio, mas não contou com a largura dos pedais talvez, e estes últimos devem ter roçado o tal esquecido. Noto que a mãe pára, olha por sobre o ombro, pé direito no passeio, e lhe desata um grito Brianna, come on!
Porventura não reparou que a filha se tinha magoado. Prontifico-me a parar, e estender-lhe uma voz igualmente materna, tal qual o olhar que segundos antes tinha dirigido à pequena, She hit her face against the wall...
Virou o rosto na minha direcção, em câmara lenta, e, sem me dirigir palavra, recua. Não lhe consegui ler bem o rosto. Talvez porque se me pareceu tão gélido.
Qual contraste com o lindo céu que se me deparava pela frente; a pôr-se o sol em tons quentes, e por ironia, o som que sai da rádio diz-me Picture yourself in a boat on a river With tangerine trees and marmalade skies.

Se eu disser que nas compras que tinha acabado de fazer levava marmelos
pela primeira vez em dezanove anos de vida aqui... ninguém acredita, pois não?




sexta-feira, setembro 21, 2007





O Daniel rodava o copo de água sobre a mesa, com o olhar fixo na pedra de gelo que boiava lá dentro, quando de repente me diz e pergunta logo a seguir I've always wanted to know: why is the inside of the ice cube whiter than the edges?

Agora já lhe posso responder mais concretamente após uma breve pesquisa feita--se bem que a minha teoria do oxigénio concentrado não falhe lá muito.








Coisas da twilight zone.

Alguém me pergunta se conheço a tradução para a palavra twilight em português. Apanhou-me assim de repente, não me veio logo à tona, mas, olhando para o horizonte que reflectia precisamente a luz que se requer num twilight, soltou-se facilmente Crepúsculo!

Meia volta dada, e tenho outra voz que me indaga Que palavra foi essa que disseste?
Crepúsculo! Lá respondi eu em jeito de ritmo de dança, como se soubesse já o que me esperava ao finalizar o meu rodopio.
Ahh! Mas essa é uma palavra de dicionário!

Não tenho palavras para descrever o olhar com que fiquei...



segunda-feira, setembro 17, 2007





E já agora também explico--ou confesso talvez--, que para além do meu tempo ser terrivelmente apertado, não me tem feito nenhuma falta cá vir escrever. Já rasurei uns quantos posts mentais, para logo de seguida os deixar de molho nesse mesmo pote e eventualmente os deixar lentamente se me esvaziarem. Confesso sim que me tem bastado cá vir e ler o que se faz lá por fora e esquecer-me de mim. Tem-me sabido bastante bem.







Hoje, seis meses depois de algo que ainda não estou preparada para esquecer nem perdoar.
Hoje, bateu-me à porta e entregou-me um saco de maçãs lá da macieira que têm no quintal. Com os dedos trémulos e no rosto uma súplica de perdão.
Se calhar imaginei o rosto.
Mas os dedos não.
E foram esses que me trouxeram de volta aqui.



terça-feira, agosto 07, 2007




É espantosa a sensação que se tem ao liderar uma canoa. A minha primeira vez a remar uma. Não penso ter jamais sentido tão perfeito acorde com a natureza como neste dia; laçadas dadas em sintonia numa bela sinfonia com o mundo verde. O silêncio que apazigua.


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Lac à La Caille, La Pêche, Québec




Mais fotos desse fim-de-semana aqui.




segunda-feira, julho 30, 2007




Sou constantemente trocada por um fuso.








Um fuso horário.



quinta-feira, julho 26, 2007




«Não se nasce português. Fica-se português. É o atavismo…»

João Vuvu, in Vai e Vem (2002), de João César Monteiro




Lá de vez em quando, há certos conceitos, sons, e até cheiros que subsistem na mente, na minha, por vários dias; como que a tentar chamar-me a atenção para algo que me falhou no passado. Ainda não consegui perceber o porquê daquela frase me sobrevoar o pensamento. De facto, não consigo até perceber o verdadeiro sentido que lhe devem ter querido dar. Tem ou não uma conotação negativa? E a contradição que lhe vejo implícita, existe?



quarta-feira, julho 04, 2007





Ainda não foi desta! Eu bem quero enfrentar os meus medos, mas os medos é que me parecem estar com mais de mim que eu deles.



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Skootamatta Lake Road, North Frontenac, Ontario



quinta-feira, junho 28, 2007




Alarm Clock


Time:
6:00am

Repeat:
Daily

Alarm:
On Off
(OFF!!)


A partir de hoje mesmo: Off.
Nunca me deixei afectar pelo stress seja lá de que natureza, mas devo admitir que houve manhãs em que me devem ter visto a fumegar e a deitar faíscas pelos olhos. Os pequenos. Nunca fui madrugadora - nem eles o são! -, e sei que lhes devo pedir desculpa por tantas vezes os ter praticamente arrastado da cama para fora, puxados pelos pés em jeito de salvamento. Sei que me perdoarão.
Foi um ano escolar demasiado penoso em termos de horário matinal, mas é só esse o factor que pesa a negar a faceta dele. E agora, livros de lado, mochilas ao ar - não sei onde meter tanta caixa de material escolar vezes quatro... -, lancheiras a lavar, e nós? nós enfiamos o nariz fora de portas a farejar o calor que se esbate por cá, enquanto pouco dura.


quinta-feira, junho 21, 2007




Já quase tropeçamos no São João, e eu em dívida de há mais de uma semana para com este post. É o Verão o culpado, e a languidez com que me afaga todos os dias.
Dia 13, portanto, seria a data no cabeçalho.
Há certos acontecimentos que, por si sós, nada têm de peculiar, não fosse o contexto em que ocorreram, e este assim o tomei como tal.
Enquanto polia as facas antes de as pousar na mesa, simetricamente paralelas com os garfos no outro lado da mesa, uma para a salada, outra para o prato principal, comecei a dar-me conta do som que se fazia ouvir na sala através do sistema musical, fechado, com certeza, do hotel. E logo após esse dar-me conta, dou comigo a juntar letras à melodia que se ouvia no fundo, Dos populares pregões matinais que já não voltam mais!.
Pousei então o meu olhar na parede em frente e What are the odds...?! saiu-me da boca meio em pensamento, meio vocal, ao que todos queriam saber que odds eram esses. O certo é que, depois da explicação, já não tinha nenhum adepto dessa minha ode - nunca cheiraram um manjerico, por certo.
What are the odds, realmente. A mais de 5.000 quilómetros de distância, e precisamente no dia 13 de Junho: José Galhardo, Amadeu do Vale, Raul Portela, deliciaram-me os sentidos, e eu fui Amália.





sexta-feira, maio 25, 2007




Neste dia, em que o governo emite um alerta para a onda de calor que se faz sentir aqui pela capital, certas partes de Alberta estão cobertas de neve, e eu? eu voltei.
De ursos, nada vi infelizmente - queria enfrentar os meus medos -, só me rodeiam os Sapiens, Erewhon, e esses nada querem comigo; tenho embutido um repelente natural desde a nascença e que se vai aperfeiçoando com a idade. Talvez tenha razão o Bic com a teoria da globalização amena e andem por aí os bichos à deriva sem saberem quando se ausentarem.

Descansei o olhar por estas bandas:

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Bon Echo Provincial Park


... e estou feliz: Tenho coentros a nascerem no quintal.




quinta-feira, maio 17, 2007




O mês de Maio marca sempre o início de fins-de-semana prolongados. O dia da Rainha tem sido a nossa bandeirola de partida para o primeiro acampamento do ano, apesar de ainda fazer frio à noite. Já houveram anos em que, sorrateiramente, ligamos uma enorme extensão eléctrica para nos aquecermos durante o sono.
Este ano, mais do que nos anteriores, o meu medo agravou-se.
Aquele que tenho aos ursos.
O mais certo é esquecer-me destes suores frios em lá chegando. Seria o mais sensato.
Mas desta vez andei a informar-me. Encontrei esta folha que fala do que se deve e não deve fazer se nos depararmos com algum.
Porque há sempre um episódio que me leva a cheirar ursos por dentro da vegetação e, sei-o agora, nunca devia ter voado naquele dia pelo trilho afora com os meus filhos de arrasto pelo ar.
A gente vê-se na volta.


(espero bem que sim)


segunda-feira, maio 07, 2007




Nada tenho a dizer ao mundo. Por agora.

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E porque, "no silêncio eu escalo-me", um dia destes eu apareço à tona, quanto mais não seja para retomar o fôlego.




domingo, abril 29, 2007




Mesmo neste descampado verde, impressiona a vista e a alma. Sentimo-nos levados a sentar nos degraus ou nas rochas que o rodeiam, fechar os olhos e imaginar as ondas que outrora estalaram contra aquelas paredes robustas, sólidas.
Deve sentir-se perdido, aqui no meio desta selva de gases, ferro e cubículos.

No entanto, levo comigo o cheiro a maresia.


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Algures, numa janela, estacionei o retrato frontal.



quarta-feira, abril 25, 2007




A isto é o que eu chamo de NOTÍCIA. Ainda não tive oportunidade de vasculhar a rede a esse respeito, mas a verdade é que gostei mesmo do que ouvi pela manhã na radio. Traduzindo muito grosseiramente, diz que descobriram um novo planeta fora do nosso sistema solar com condições muito semelhantes às da Terra.

O irónico da situação seria vir-se a descobrir que eles - em o havendo, claro - também andam à procura do mesmo.




Adenda: Um pouco mais de informação do "novo" planeta, aqui.







segunda-feira, abril 23, 2007




Sei que nada tem a ver com a efeméride em causa, mas porque se me tenha visionado em tal dia - sim, estou a fazer batota com o dia de publicação deste post - cá deixo registo de tal pensamento:


Detenho-me perante os incontáveis...


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Por iniciativa própria, lembraram-se as duas de me fazer esta surpresa. Sabe bem ser mimada assim com tanto carinho; e, pelo conteúdo da embalagem, presumo que a minha média semanal de bolos irá aumentar.



quarta-feira, abril 18, 2007





As estrelas andam apagadinhas, e cometas são muitos, por demais, já estou farta deles.
Procuro um que deixe um rasto imperceptível mas permanente.



terça-feira, abril 10, 2007




O mais funesto dos cancros: Globalização.

Segregação cabal.


quinta-feira, abril 05, 2007




Eu só queria trocar o cartucho de tinta #96 que tinha comprado ontem erradamente, pelo 97. Nada mais. Uma simples operação de troca e pagar os poucos dólares de diferença. Mas não; cheguei às 14:13 e saí às 14:41 completamente atravessada com a estupidez humana que atravessa certas cabeças.
Apresento o recibo para que faça a devida troca, mas pelos vistos, a menina ficou mais atenta ao nome do empregado que me atendeu no dia anterior do que propriamente ao artigo em questão, segundo mo disse I've never seen this name before! E com um giggle lá continuou a trepar nas teclas. Apresenta-me uma nova factura no valor de $26.22.
Deve haver algum engano, a diferença não pode ser assim tão grande. Cometeu o pequeno erro de retirar o primeiro artigo que aparecia na factura, de um valor muito inferior e que eu, na verdade, não devolvia, e cobrar-me como deve ser o #97. Nada de pânico, assegurava eu, mas a jovem já levava as mãos à cara.
A seguir decide então facturar-me o que devia ter feito logo de início. Nova factura de correctos $5.70.
Agora vem a parte interessante. Mais.
Para corrigir o erro inicial, ela apresenta-me uma nova factura, não a anular aquela primeira irregular de $26.22, como ainda me cobra mais $28.49 no cartão!
Bem. Aí já nem a minha pachorrenta têmpera a conseguiu segurar - nem a mim!
Agora já eram os cabelos que ela alisava, ou arrancava de modo delicado, nem sei, chama por ajuda e desaparece por detrás duma estante para ir ajudar outro alguém. Pareceu-me que lá ía conseguir enfim sair dali, mas...
Can you explain this invoice? Eu é que tenho que explicar isso? mandei-lhe de sobrolho no ar. Lá me deu um sorriso descabido, Oh come on..., aquele rosto de homenzarrão de 2 metros. Eu explicar, expliquei, mas o tipo não percebeu que de facto tinha que me devolver os dois montantes e, em contrapartida, me apresentava um outro que agora era eu que não entendia.
Chama então o manager, que por alguma razão é de facto o Manager e que, num minuto, me corrigiu os montantes e me pôs a salvo dali para fora.

Eu não sei, mas será que a inteligência existe em proporção inversa ao comprimento das unhas do indivíduo?

O resultado documental é este:

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sexta-feira, março 30, 2007





atão não sabes que sonhos só são a maneira mais eficaz que a nossa mente encontra para se divertir nas horas mortas?



segunda-feira, março 26, 2007





(Toca o telefone e, ao atender, ouço uma voz feminina e melodiosa, diria até Cantadeira, que me informa:)


"Congratulations!
You've just won a cruise to the Caribbean. In order to clain your prize, simply press 9 - that's the nine key - ..."



Clic. Desligo.
Hoje, ao telefone, aprendi onde está o nine.






Quando eu digo que os meus filhos me sobem as paredes...


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... não estou a brincar.



terça-feira, março 20, 2007




Encontro-me de luto outra vez.
E outra vez por um dos mais novos, e em situação igualmente trágica como esta de há cerca de dois anos atrás.
Não sei que dizer.
E no fundo, infelizmente, só lhes vejo um padrão definido. Maligno.


Descansa em paz, Ricardo. Um beijo meu.



domingo, março 18, 2007









sexta-feira, março 16, 2007




Névoa de Vénus.

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O passado não é o que está feito,
mas o que palavra alguma fará de novo.
Por isso leio sempre no futuro, mas não sei
para que lado escrevo. E se soubesse
que arrasto as letras como um caranguejo
diria que só tenho esta mão de palavras.
Soletro os dias em cada coisa que me olha
quando me sinto a vê-la. É tudo.
E não há desculpas para o que faço.

Rosa Alice Branco



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Estratos de névoa

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domingo, março 11, 2007





Não sei porquê, mas lembrei-me do senhor Jorge Arbusto quando me vi assim:



Gosto destas ferramentas, fazem-me despejar a rir.
Esta achei-a no simpático e sempre sensível blog da Claudia.
As outras versões de mim coloquei-as aqui.


É favor rir.

:-)






Penteando os cabelos do tempo

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Nas margens paradas da vida

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quarta-feira, março 07, 2007




Este ano o Inverno, aquele verdadeiro, o sono dos justos, chegou tarde, mas veio. Ainda um dia o teremos, por estas bandas, em Agosto. Será?
Ouvi hoje na radio que ontem foi o 6 de Março mais frio nesta cidade - de que se tenha registo: -24º, com o factor vento -28º.
E esta casa a precisar de janelas e portas novas.


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segunda-feira, março 05, 2007




Ao telefone pela manhã:


- Hello, may I speak to blá blá blá?
- Speaking.
- Hi, I'm calling from The Children's Emergency Foundation, blá blá blá, Canada ranks 2nd place within industrialized countries... children's poverty, mais blá-blás.
- Second place! What?!?
- (um risinho curto e nervoso) ... yes, and I was wondering if you could help with $1.30 (leia-se um dólar e trinta cêntimos) a day to feed a child, mais blá-blás.
- You know what? I´m already feeding four per day, so you'd better get somebody else to help.






Nota: Esqueci de lhe dizer que por $1.30 por dia me é completamente impossível de providenciar sequer um mínimo pequeno-almoço para cada um deles.

sábado, março 03, 2007




Este episódio só tem a sua piada se for contado a partir do presente via ao passado. E em duas pinceladas foi isto:

Recebi duas mensagens simultâneas, uma da minha mãe, outra do meu irmão, via telemóvel, no dia 28 de Fevereiro, que diziam o seguinte, respectivamente:

1- É isso mesmo que vou fazer! Bjs.;

2- O quê?

Ora bem, eu pensei que lá teria, não sei bem porque artes diabólicas, interferido no envio de mensagens entre eles, e, ao mesmo tempo, fiquei preocupada com o que diacho a minha mãe ía fazer...
Por isso vai de tirar a limpo.
O que se segue é que eram-me mesmo destinadas. Só que se tratavam de respostas a uma mensagem que eu lhes enviei - em conjunto - no último segundo GMT do ano de 2006, e a qual eles só receberam no dia... 28 Fevereiro!

A que recantos do mundo se encostou esta mensagem?
Que foi que ela fez durante dois meses? Andaria tipo ió-ió dum beco a outro? Teria encontrado as devidas portas fechadas e sido recambiada para outra dimensão?

Não sei!



quarta-feira, fevereiro 28, 2007





Desporto radical, principalmente perigoso durante o Inverno, quando as bermas e passeios estão atulhados de neve.


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terça-feira, fevereiro 27, 2007




Já na cama, ele* no meio, eu, desta feita, do lado esquerdo dos dois - é à vez - naquele entretanto pré-sono:


... because your name is Mamã, right?
Não, o meu nome é Manuela...
But your first one is Mamã, right?
No, actually my first one is Armanda :-)
ihihihihih... AMANDA?!
Não filho, Armanda!

(pequena pausa)

I love you Amanda!





* - David





segunda-feira, fevereiro 26, 2007




Quis criar hoje um blog dos porquês, mas já fui atrasada.



quarta-feira, fevereiro 21, 2007



Com aquilo que já li sobre as minhas mais recentes inquilinas, chego a ficar com a consciência pesada.










Quando a tristeza aperta e a saudade a ela se junta, sugiro uma taça de leite-creme transatlântico para amainar a dor.

Ainda se conseguem ver as mãozitas dos mais pequerruchos; daqueles a quem eu me sinto em falta na presença, e a mim também a deles me falta bastante.

E na próxima... queimem-me esse creme! :-)

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(Miguel: Deita na caminha a descansar para ficares bom depressa, sim?)





sexta-feira, fevereiro 16, 2007




"How to kill ants, BIG ANTS"

Foi deste modo que me lancei numa verdadeira guerra contra a invasão destas criaturas nesta casa. Até aqui, tinha levado tudo bastante levemente, esmagava-as assim que as visse, enfiava-as dentro de recipientes com líquidos, evitava de deixar restos de comida pelo balcão, coisas assim. Mas desta feita é a valer.
O pior é que elas atacam de surpresa!
Não são daquelas que marcham em fila indiana para o local dos despojos e regressam para o quartel-generalno sentido inverso, sempre em ordenado desfile. Não. Estas aterram sem mais nem quê vindas do nada, o que me dificulta um ataque mais maciço e eficaz.
Começaram a aparecer naquela altura, por volta do Natal, em que era mais Outono que Inverno setentrional e, desde aí, estabeleceram-se por inteiro e já o termómetro desceu a tiritantes trintas negativos e elas persistem em ficar por cá.
E matá-las?
Como saber quando se matou definitivamente uma formiga? Difícil, muito.
Carrega-se naquele corpo resistente até se ouvir um cric, pronto já está, cabeça apartada do corpo, perna a dar a dar; meia volta dada, já aqueles destroços não ali estão.
Exército organizado este, que até os seus feridos e, julgo eu, mortos, eles carregam de volta à base. E para quê? Ou os comem ou os operam numa sala altamente tecnológica para voltarem ao ataque. Sim, porque para as dezenas de soldados que eu já aniquilei, e a fome que eles devem estar a passar, só mesmo recauchutando as vítimas é que elas ainda podem continuar a sua saga.
Agora imaginemos: Se foi a mudança de temperatura que provocou esta minha pequena calamidade doméstica - passe a antítese despercebida -, quantas outras haverá por aí que não sejam tão visíveis e até mais funestas...
E desta me vou para os aborígenes e a Era Glacial.




Nota: Preferi usar o pó de talco que o bórico e até agora, nem uma sequer!






Será que existe uma forte correlação entre as oscilações drásticas de temperatura e a demência de um povo?


quinta-feira, fevereiro 15, 2007



Se calhar amanhã, falarei do frio, das formigas e dos Innuits, como já me tinha prometido a mim mesma há tempos. Mas por agora, e para quem é um apaixonado pela neve e suas variantes, deixo a sugestão de um dia diferente passado aqui - já faltam poucos dias para o término.


Com algumas fotos minhas no Flickr, tiradas no fim-de-semana passado.





quarta-feira, fevereiro 14, 2007



Entra-se-nos pelas fresta da janela, de mansinho, pela soleira da porta, enquanto dormimos, e é o que mais fazemos; vai-se instalando confortavelmente entre os peões que somos, e até nos coloca os seus braços por cima dos ombros, assim, para fazer união, isso!, tal qual um feixe que se quer juntinho, forte. É o new-look deste comportamento tão antigo quanto nós mesmos, o fascismo.
Chama-se, nos tempos que correm, Politicamente Correcto.


terça-feira, fevereiro 13, 2007



Anonymous said...
cura-te...

13 Fevereiro, 2007 08:56


A este "Anónimo" que aqui acedeu, hoje pelas 13:51 - hora portuguesa - vindo directa e expressamente dos meus vizinhos Tapores, e me deixou inigualável epifania, os meus agradecimentos. É reconfortante saber que ainda existem almas caridosas por este mundo a velar pela saúde dos seus semelhantes.
Talvez ele me possa também elucidar sobre que doença eu supostamente sofro, ou que melhor tratamento me deveria ser atribuído.
E como diz o melhor doutor: Meio caminho para a cura está percorrido, uma vez que reconhecemos a nossa enfermidade.
Confesso.
Confesso que me sinto doente, sim. Mas será melhor, por ora, não me expressar sobre essa maleita; poderei ferir algumas susceptibilidades precárias.





sexta-feira, fevereiro 09, 2007




(...) por coincidência extraordinária muito perto, ali mesmo, do sítio onde os homens, como os animais, têm o seu terreno de caça, o seu quintal ou galinheiro, a sua teia de aranha, e esta comparação é das melhores, também a aranha lançou um fio até ao Porto, outro até ao Rio, mas foram simples pontos de apoio, referências, pilares, blocos de amarração, no centro da teia é que se joga a vida e o destino, da aranha, e das moscas. (...)



Saramago, José. O Ano da Morte de Ricardo Reis.





Nunca houve promessa da minha parte de actualizar este blog amiúde, no entanto, sinto-me constrangida ao verificar que, dia após dia, tenho ali um pequeno grupo de leitores, habituais, que se deparam com a mesma desgraceira de uma página já envelhecida. Truz, truz e nada ainda?
Podia culpar a gripe que me atacou, o trabalho extra que de vez em quando passo a ter, ou o exército de formigas que tenho tentado aniquilar; tudo isto serveria como bom pretexto para não ter ainda escrito, mas a verdade é só uma: Tenho andado numa fase de completo abandono da escrita e, o pior de tudo, é que me tem proporcionado imenso prazer esse afastamento.
Por essa razão, porque tem sido raro deleitar-me com estes pequenos nadas, vou-me deixando ir no embalo.
Um dia destes, sem avisar, cá se deparam comigo, com as minhas fórmulas, por vezes, irracionais, e tudo o mais que tem estado à espera, no meu cano de esgoto, para sair.
Desejo-vos sol, que é o que me faz mais falta.


quarta-feira, janeiro 31, 2007




A quem possa interessar, informo que vou passar a publicar no Flickr a maioria das fotos que capto. Retratos diários, outros não tão diários, da vida que aqui se tece por terras que se dizem de Champlain.



domingo, janeiro 28, 2007




A este tubo eu não resisti.



Eu quase nasci dentro d'água!
E eu dei um grito
(rebolando os olhos para o alto): Não!!










(obrigada little brother)

sexta-feira, janeiro 26, 2007




De suprema importância.
Diz-me como colocas o rolo de papel higiénico e dir-te-ei se podemos sincronizar os trapinhos.






is it time to go to bed, mã?
sim, está quase. Já estás cansado?
yes (fazendo uma careta com as sobrancelhas recaídas) actually... I'm almost this much tired (mostrando uma distância com os dedos polegar e indicador), almost to the maximum...
are you also getting to the maximum, mã?



quarta-feira, janeiro 24, 2007




Por tudo o que deixei de te dizer.
Celebro-te hoje, sentados os dois que estamos na toalha axadrezada. Vejo-te como naquele dia, não de pernas cruzadas, mas de joelho flectido, um só, a apoiar o cotovelo que te ampara o rosto; um rosto mergulhado em beleza.

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Por tudo o que somos, ainda, um para o outro.
Com amor [e um beijo de borboleta],

m.





quinta-feira, janeiro 18, 2007




Para remissão dos meus pecados - linguísticos - aqui fica esta nota a informar que me sinto corrigida nas passagens que se seguem, por Um grilo falante e chato te (me) perseguiu à pedrada. São rectificações com aspecto de adenda permanente.
(muitas mais virão)

Escreve-se:

Expectantes

Prática




sexta-feira, janeiro 12, 2007




Nojo.
Asco.
Náusea.
Enfado.
Repugnância.
E muitos, muitos outros pleonasmos que me completem este demente estado em que se encontra este assunto.
É tudo isto que sinto ao ler, reler, e vomitar de ler tantas merdas que defecam pela bloguística fora.
Eu pensei assim, Eu não me vou chatear com isto, É deixá-los no seu mundinho minúsculo de hipocrisia... Mas caralho, porque não juntar a minha - merda - à dos outros? Juntos tornaremos este mundo, quiçá, mais fértil.
Eu até acho muuuuito bem que estampem com um gordo SIM nessa sociedade machista em que vivemos e apodrecemos. Acho, pois. O que não nos falta é vontade de muitos sins (got the joke? lol espero bem que sim).
Se eu fosse a votar, talvez até votasse nesse SIM. Porque afinal, não é por ganhar o Não que essa práctica deixa de existir. Agooora... no aborto, é que eu não acredito.

Passa-me qualquer coisa ao lado de despercebido, de certeza. É que, ainda não compreendi muito bem essa cena das 10 semanas e o caraças. Ou seja, que importância faz com 1, 10 ou 30?
Aceitar um aborto com as tais 10, continua a significar, para mim, a negação da própria existência ao 1, 10 ou 30 anos!
Não me fodam!
Nem me venham com conversas de

Recuso que o meu corpo seja discutido!
Recuso que o meu corpo seja debatido!
Recuso que o meu corpo seja ofendido

(obrigada D. pela dica)

... porque no fundo, bem no fundo, não é sequer o abortar que está em causa:
É a ignorância.
Quais violações, prostitutas, toxicodependentes, quais quê. É a vil e comezinha ignorância que se alastra sem que se lhe consiga pôr cobro.

Pois bem, aqui vos deixo com a minha contribuição para esse amontoado enorme que medra descomunalmente por essas vidas fora.



quinta-feira, janeiro 11, 2007




Três bandas subiram ao palco.
Duas de aquecimento e a última, a Tal, a que todos vieram ouvir.
A primeira, bastante fraca, Black Maria de seu nome e black, acho eu, o seu futuro. Tinha à sua disposição uma ridícula porção de palco, uma ninharia de espaço para mostrar o que valem - devo dizer que foi o espaço que lhe é merecido. Acabada esta exibição, retiram os seus instrumentos, vazam uns bons metros na plataforma, e, agora sim, sente-se um estranho rugir na audiência, um certo vibrar que até então estava ausente - nos primeiros minutos, cheguei a pensar que a noite seria um fiasco -, e aterra em campo, ou melhor seria dizer, no rinque gelado (coberto, é óbvio), um falcão loiro vestido de preto, desafiador, com o pé pousado num dos artefactos musicais e o cotovelo no seu joelho, enquanto proferiu madafaca's suficientes para fazer corar uma plateia inteira de sexagenárias em 2 segundos. Mas esta sim, aqueceu o povo (e os meus pés que já começavam a sentir o gelo que atravessava a madeira), Corey Taylor levou a multidão ao rubro; fartou-se de lhes (e me) dar banho após uma golada mais espirrada que bebida. É uma sensação inesquecível, esta de estar tão perto do palco, a escassos cinco metros, dava até para ler as tatuagens do vocalista!


Mais espaço ganho ao palco.
Eis que chegam.
Trazem com eles um pesado fardo de sucessos e é com isso que fazem a noite. Como presença de palco, achei-os bastante moles, jogo de luzes e truques visuais ficam aquém do meu desejado. A Amy, encontrei-a uma criatura reservada, tímida diria até, em falar publicamente, em comunicar com o público. Das poucas vezes que se nos dirigiu, fazia-o muito depressa, como se achasse que nos aborrecia com isso. Boring talker, disse-se ela, e eu não concordo. Para compensar, dá tudo de si no que escreve e quando canta, encanta! poderia eu aqui colocar para terminar a rimar. E foi assim. Uma noite que se verteria mágica numa outra altura, num outro mundo, mas que conseguiu atingir o seu ponto irreal a escassos minutos do final quando...







terça-feira, janeiro 09, 2007



A ampulheta descansa nos meandros do tempo.
Parar o tempo: um desejo do mortal quando se esquece da sua qualidade de deus.


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Dedicado a alguém com muito poucas dificuldades de comunicação, neste dia 9, Janeiro.





Sexta-feira 5,

O dia 10 aproxima-se e eu deixo-me boiar indecisa nos minutos que as horas têm; embalo-me neles como quem espera acordar de um sonho em branco, sem recordar que passou esse dia sequer. Adio a decisão de ir, porque o querer é mesmo esse, Ir.
É o peso da espectativa acumulada este tempo todo desde que o soube que me amedronta.
Tenho medo de como irei reagir ali, ao sabor daquelas ondas, porque me desconheço naquele determinado ambiente e também porque já espero demais.
Por isso peço sinais de fora.
Coloco o meu destino nas mãos de entidades desconhecidas - troco o desconhecido a troco de outro do mesmo valor. Louca!
Regresso a casa do trabalho, madrugada diferente esta: a bruma encanta e enfeitiça os passeios, as ruelas, edifícios, e tudo pertence a um mundo diferente esta noite. Talvez por isso mesmo, escolho aquela rota menos usual, a mais longa, a que ladeia o rio, a mais adequada neste enquadramento. Só se vêm as luzes dos candeeiros que, de par em par, a cada dez, vinte metros, acompanham-me silenciosos, vão-se vergando à medida que os passo, Boa noite, dizem-me eles pesarosos. Tudo é breu, excepto pelo triângulo que se perpétua continuamente defronte dos meus olhos formado por estas luzes que flutuam, dir-se-ia, no nada, sem apoio, e eu conduzo nessa estrada apoiada nelas.
Haunted, como som de fundo. Perfeito.
Semáforo vermelho, páro por minutos, prestes a emergir numa estrada mais movimentada, menos assombrada, mais desfasada, menos em mim. Dou pela hora, 1:01.
Sempre veio o tal sinal, Hello (m), don't cry, I'm still here all that's left of yesterday...





segunda-feira, janeiro 01, 2007




1 de Janeiro 2007, 3:33am comecei a ler O Ano da Morte de Ricardo Reis e a imagem do primeiro segundo do ano regressa cinzenta, a cheirar a queimado e o medo de ser levada, pior, que mos levem, na explosão.
Pelas 6:48am acorda-me o telefone de algum sonho indiscreto, número encoberto, só me deixou proferir dois Hello, não ditos de seguida, espaçados por breves segundos. Tira-me o sono e nem me deixa sequer desejar Bom Ano!, tal a pressa em que desligou; e o sono regressa quando penso no quarto que também eu quero ter de janelas amplas com vista para o rio. Qualquer rio. Qualquer? Não.