quinta-feira, abril 05, 2007




Eu só queria trocar o cartucho de tinta #96 que tinha comprado ontem erradamente, pelo 97. Nada mais. Uma simples operação de troca e pagar os poucos dólares de diferença. Mas não; cheguei às 14:13 e saí às 14:41 completamente atravessada com a estupidez humana que atravessa certas cabeças.
Apresento o recibo para que faça a devida troca, mas pelos vistos, a menina ficou mais atenta ao nome do empregado que me atendeu no dia anterior do que propriamente ao artigo em questão, segundo mo disse I've never seen this name before! E com um giggle lá continuou a trepar nas teclas. Apresenta-me uma nova factura no valor de $26.22.
Deve haver algum engano, a diferença não pode ser assim tão grande. Cometeu o pequeno erro de retirar o primeiro artigo que aparecia na factura, de um valor muito inferior e que eu, na verdade, não devolvia, e cobrar-me como deve ser o #97. Nada de pânico, assegurava eu, mas a jovem já levava as mãos à cara.
A seguir decide então facturar-me o que devia ter feito logo de início. Nova factura de correctos $5.70.
Agora vem a parte interessante. Mais.
Para corrigir o erro inicial, ela apresenta-me uma nova factura, não a anular aquela primeira irregular de $26.22, como ainda me cobra mais $28.49 no cartão!
Bem. Aí já nem a minha pachorrenta têmpera a conseguiu segurar - nem a mim!
Agora já eram os cabelos que ela alisava, ou arrancava de modo delicado, nem sei, chama por ajuda e desaparece por detrás duma estante para ir ajudar outro alguém. Pareceu-me que lá ía conseguir enfim sair dali, mas...
Can you explain this invoice? Eu é que tenho que explicar isso? mandei-lhe de sobrolho no ar. Lá me deu um sorriso descabido, Oh come on..., aquele rosto de homenzarrão de 2 metros. Eu explicar, expliquei, mas o tipo não percebeu que de facto tinha que me devolver os dois montantes e, em contrapartida, me apresentava um outro que agora era eu que não entendia.
Chama então o manager, que por alguma razão é de facto o Manager e que, num minuto, me corrigiu os montantes e me pôs a salvo dali para fora.

Eu não sei, mas será que a inteligência existe em proporção inversa ao comprimento das unhas do indivíduo?

O resultado documental é este:

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9 comentários:

MCV disse...

É em proporção inversa a isso e a muitas outras coisas...
(vi-me dentro do filme)
Beijo.

Bic Laranja disse...

Ah! Ah!
Ecce homo; mas sapiens não é para todos.
Cumpts.

Lord of Erewhon disse...

Shiiiuuuu... Não digas a ninguém, mas 70% da humanidade já foi substituída por extraterrestres! :)=

Dark kiss.

Anónimo disse...

Ao tamanho das unhas, do cabelo, da cor dos olhos... ainda não me dei conta de um denominador comum, mas que há pessoas complicadinhas, há. Tem que se ter paciência, deixar aquilo engrenar. Torna-se um verdadeiro problema é quando falta o tempo... eles a descabelarem-se (ou nós) e os putos à espera para almoçar (ou qualquer coisa do género), não é? ;)
Beijo grande, Riacho.

PARTILHAS disse...

:-)
Que documentário, tõ bem documentado... e a factura da farmácia, onde ainda conseguimos ir "comprar" o comprimido da sanidade mental...

Beijos

[[]]

Afonso Henriques disse...

E pensar que há malta cá na terrinha com atribuições governativas e com a mania que "lá fora é que são espertos" ou "temos que copiar os exemplos do estrangeiro" etc e tal e o camandro. Vai lá vai...

riacho disse...

Ando bastante arredada destas lides, por isso vai ser uma resposta visita de médico.

Só queria acrescentar que, ter vindo para cá, a nível de intelecto, foi como ter recebido uma valente bordoada na cabeça e um recuo de 50 anos (ou mais)...
Não é à toa que a Europa é, aos olhos desta gente, algo chique que admiram e procuram imitar.
Seria injusto da minha parte se não lhes visse também algumas virtudes; existem, sim, mas os defeitos são tantos que não me deixam ver equilíbrio. (lol)

Enfim. Um beijo em todos vós. Obrigada por cá continuarem a vir.

:-)

Faroleiro disse...

Bad Customer service, hein?

riacho disse...

Se a incompetência se inclui nesse Bad... sim, foi mesmo mau.