domingo, março 21, 2004

Avisam-se os estimados viajantes:

Pelo que tenho visto nos milhentos blogs que tenho visitado (sou que nem bola de neve... deslizo de um para o outro, aumentando de volume à medida que rolo!), como ía dizendo, pelo que vejo, parece que é de praxe "bloguística" avisar-se quando se vai de férias... ou sair por uns dias... ou emigrar para a Rússia!... Por isso, fica deste modo afirmado que não porei aqui os pés (ou os dedos!) até finais de Maio!
(os livros reclamam a minha presença)

Se bem que não tenha visitantes à escala de certos sítios por onde já passei, achei que devia de correr a cortina (temporária) com a colocação de um cartão de visita tornado numa singela homenagem (não sei o que se passa comigo e esta vaga de homenagens! :-p - deve ser efeito primaveril!).

Homenagem a três constantes na minha vida (e não vou categorizar de virtual, porque de facto elas são bem reais - noutros espaços - para mim).
Se é puro acaso ou força maior, isso é secundário.
Sei é que existe entre nós dois denominadores comuns que nos tem mantido juntos e bem alicerçados:
- a música e as palavras (mas não daquelas à solta)

Cada um de vocês é-me especial e querido, cada um à sua maneira e na medida exacta do que eu necessito. :-)
Não me vou alargar muito em elogios (senão daqui a nada teriamos para aí, algures neste planeta, três teclados efusivamente salivados! :-p )

Ao João...


À Sofia...


Ao Nuno...


:-)

sábado, março 20, 2004


Uma pequena homenagem a quatro pessoas muito importantes na minha vida :-)

quarta-feira, março 17, 2004

Imaginação sem rédeas

...



People often ask me if I was an artist as a child. I tell them "Everyone was an artist as a child, some of us just never stopped"!

~ Jim Warren ~
(www.jimwarren.com)

domingo, março 14, 2004

Soltos no espaço

Tremia sem parar... mas não de frio.
Mergulhei nas fibras sintéticas do edredão, mas o tremor continuava, cada vez mais descompassado e rápido.
Enrosquei-me então nos meus braços, dei-lhes voltas sem fim - nunca eles me pareceram tão alongados - ... imaginando aquele nosso abraço terno, pele que se acaba fundindo na pele do outro ("... waiting for a sign..."), aquele toque que me desfalece, que me arrepia o pescoço daquela maneira que me é impossível de descrever.

Com os ecos ainda vibrantes do arco ("... in my heart I reach you...")... consegui materializar os teus nos meus braços... ("... the hope lives on beneath the blazing sun...") senti um sopro morno envolver-me, que se aquecia cada vez mais a cada segundo que girava e ... ... ...

Não presenciei o culminar do nosso abraço. ("... in my dreams somehow...")

Encolhida assim no meu casulo, embalada por ti, adormeci finalmente.

Acordei no dia seguinte com um doce odor que me envolvia.
("... one day you'll come.")


(foto cedida por www.digitalblasphemy.com

sábado, março 13, 2004

TU

.
És o fogo-fátuo
fugidio
no nevoeiro da vida
trémulo
que provoca
evolução
evita estagnação
e
tremelica, tremelica, tremelica...

m. l.
13 Março '04


(foto cedida por www.digitalblasphemy.com)

What a life!!

I just realised something!
My children's age reflects on myself.
Therefore, by the time they're reaching their late teens, I'll be having the time of my life, acting wild and senseless, during my fifties!! (ah ah)

quinta-feira, março 11, 2004

Porque será?...

Se o homem tem musas inspiradoras... como se chamam esses entes no que diz respeito à mulher?

quarta-feira, março 10, 2004

Excerto de Saramago in Ensaio sobre a Cegueira (em inglês - porque não?!)



(...) "Let's return to hopes, All right, The other example of hope which I refused to give was this, What, The self-accusation on my list, Please, explain yourself, I never understand riddles, The monstruous wish of never regaining our sight, Why, So that we can go on living as we are, Do you mean all together, or just you and me, Don't make me answer, If you were only a man you could avoid answering, like all others, but you yourself said that you are an old man, and old men, if longevity has any sense at all, should not avert their face from the truth, answer me, With you, And why (...) Because the man I still am loves the woman you are, (...) And now it's my turn, Don't say anything you might regret later, remember the black list, If I'm sincere today, what does it matter if I regret it tomorrow, Please stop, You want to live with me and I want to live with you, You are mad, (...) You would not have said it to me either if you had met me somewhere before, an elderly man, half bald with white hair, with a patch over one eye and a cataract in the other, The woman I was then wouldn't have said it, I agree, the person who said it was the woman I am today. Let's see then what the woman you will be tomorrow will have to say, (...)
They had this conversation facing each other, blind eyes staring into blind eyes, their faces flushed and impassioned and when, because one of them had said it and because both of them wanted it, they agreed that life had decided that they should live together." (...)


Fico agora na espectativa de ler o Ensaio sobre a Lucidez...

sexta-feira, março 05, 2004

Eles chegam...

Tinha decidido dar uma volta, ficar sozinha por algum tempo.
Queria terminar de dar uns laçarotes ao TEXTO IV e, como é habitual, preciso de ar fresco, desentupir os canais para que as ideias fluam.

Estava ali a contemplar os últimos resquícios daquele manto branco que durante largos meses (mais do que me é desejado), nos separa do calor da terra, quando dou por mim, instintivamente, a olhar para cima, em direcção ao sul, por cima do meu ombro esquerdo, eis que os vejo: um lindo casal de gansos!
Casal, pois. Se bem que a distância não me permitisse julgar o seu género, estou em crer, em forte crer, aliás, que se tratasse de um casal.
Afinal, é por essa mesma razão que eles regressam, ano após ano, ao mesmo lugar, para procriarem.
Regra geral, vejo-os sempre em largos bandos, naquela tão famosa posição em V, de modo que achei lindo vê-los voar tão isolados :-).
Contaram-me imagens de onde vieram.
Trouxeram com eles um bafo, todavia delével, de Primavera.

Como não tinha comigo a lente extra, deixo uma foto emprestada :-) (passo a citar o site: www.sabalan.com) e que espelha a imagem que acabei de ver hoje, sexta-feira, pelas 17:45.


quarta-feira, março 03, 2004

O carburante ideal?!

A essência de certas relações consiste em múltiplas etapas de agressividade; um motor propulsionador no crescimento e alicerçar do Amor.

Que faz girar este motor?
- Visões... Ideias...
Quanto mais dissemelhantes, mais labaredas provocam.

segunda-feira, março 01, 2004

Parede

(do Lat. parete, por pariete)

s. f.,
muro de pedra, cal e areia;
muro que forma o exterior de um edifício;

fig.,
barreira;
obstáculo.

Esta é a definição comummente formulada por qualquer dicionário que nos venha parar às mãos.
No entanto, não nos devíamos restringir somente ao que nos é de mais fácil compreensão; sabendo por vivência própria que, se deixarmos a imaginação rasgar os limites, vimos a constatar que a realidade é tão elástica quanto mais o instrumento que nos leva à compreensão dessa mesma.

Deparamo-nos com variados tipos de paredes, no decorrer dos nossos dias.
Há-os que o são de livre vontade, por imposição própria; felizes por assim o serem; não obstante as vezes que a tentemos atravessar, são tentativas
infrutíferas, que só nos deixam esgotados, com sabor amargo de derrota.

Há-os também aqueles que o decidem ser, vendo-a como um refúgio, uma
tentativa de restauro de si mesmo.
A estes, contudo, por várias vezes é possível o atingir. O permeável da estrutura assim o permite... permite a entrada.
E a saída?
Aqui, sentimos de novo o sabor da derrota. A pior das derrotas.
Uma vez que nos assimila mas não permite que o façamos a seu respeito. (para se auto-proteger, estou ciente disso)
Existem muitas outras paredes. Inútil divagar sobre isso por muito mais tempo.
Cansada como me sinto de procurar me fazer sentir e ouvir; daí a minha resolução em utilizar "Inflexão" como parede de desabafos.
Pelo menos desta sei que não posso contar com nada mais que uma passível existência.
- o deixar que imprima nela o que de mim teme mas insiste em sair.