sexta-feira, fevereiro 09, 2007




(...) por coincidência extraordinária muito perto, ali mesmo, do sítio onde os homens, como os animais, têm o seu terreno de caça, o seu quintal ou galinheiro, a sua teia de aranha, e esta comparação é das melhores, também a aranha lançou um fio até ao Porto, outro até ao Rio, mas foram simples pontos de apoio, referências, pilares, blocos de amarração, no centro da teia é que se joga a vida e o destino, da aranha, e das moscas. (...)



Saramago, José. O Ano da Morte de Ricardo Reis.


2 comentários:

Lord of Erewhon disse...

Dos que li dele, foi um dos que mais gostei.

riacho disse...

Também eu.
Pode ser surpresa o que vou escrever, mas sabes que vejo nele bastante de gótico - como eu o entendo ser, claro. Subjectivo q.b., como é óbvio.