(...) por coincidência extraordinária muito perto, ali mesmo, do sítio onde os homens, como os animais, têm o seu terreno de caça, o seu quintal ou galinheiro, a sua teia de aranha, e esta comparação é das melhores, também a aranha lançou um fio até ao Porto, outro até ao Rio, mas foram simples pontos de apoio, referências, pilares, blocos de amarração, no centro da teia é que se joga a vida e o destino, da aranha, e das moscas. (...)
Saramago, José. O Ano da Morte de Ricardo Reis.
2 comentários:
Dos que li dele, foi um dos que mais gostei.
Também eu.
Pode ser surpresa o que vou escrever, mas sabes que vejo nele bastante de gótico - como eu o entendo ser, claro. Subjectivo q.b., como é óbvio.
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