sexta-feira, abril 15, 2016

Não

Não basta somente “engenho e arte”, como tão alto proclamou o nosso Luís, para conseguirmos atingir o cume, triunfante, nas escaladas a que nos propomos.

Não é de todo impensável, ao longo desse percurso, encontrarmos parasitas que nos tentem impingir sonhos à troca de algumas patacas — porque a árvore destas parece sempre florir mais vistosa do outro lado da cerca.

Não podemos permitir que nos avaliem como gado que se marca a ferro quente, nem nos subjugarmos à ética retorcida desses grandes latifundiários.

Não nos devemos moldar à necessidade dos outros esquecendo-nos de nós mesmos, dobrando-nos aos interesses alheios por uma fugaz e utópica felicidade.

Não nos faltarão  “nãos” pela vida fora, inúmeros e incontáveis “nãos” pegados de cernelha, que nos ensanguentam a alma, mas não nos derrubam, nem arrastam pelo pó dos dias, pois quem enfrenta tantas negativas torna-se imune ao seu poder destrutivo.

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