domingo, setembro 05, 2004

Solfejo de subsistência

Tenho uma pasta que contém pedaços...
Grandes fatias de uma vida que me foi, digamos, oferecida a ouvir.

Como que dois passados se moldassem num só, essa passou também a fazer parte da minha vida, sem no entanto a ter vivido fisicamente.

Hoje...
Não a consigo abrir.
Com receio das possíveis sensações que daí poderão suceder.

Porque sei que essas mesmas serão um prenúncio do devir.

2 comentários:

inconformada disse...

Também eu tenho "caixas" assim.
E nem todos os dias são bons dias para as abrirmos.
Um dia acontece e parece que tudo (finalmente !) faz sentido... :-)
Que bonitas palavras tu encontraste...
Beijo

riacho disse...

... e acontece, geralmente, indepentemente da nossa acção.

E todas as esperas, os entraves, os desvios e solavancos que agora nos sabem a fel... terão um dia um doce sabor.