quarta-feira, outubro 20, 2004

Tempus Fugit

É esta a inscrição gravada no bronze do relógio de sol que nos cumprimenta, solitário, assim que chegamos ao cume da ligeira colina, nesta linda propriedade que a todos pertence.

Quanto a mim trata-se de uma representação bastante contraditória com a percepção que eu sempre tenho assim que coloco os meus pés naquele pedaço de terra.
Em vez de fugir, o tempo, parece sim, regressar ao passado e estacionar em meados de 1900.
Tranquilamente, sem pressa alguma.
Aliás, iria jurar que esse mesmo tempo parece-me pairar imutável.

É, de facto, o meu canto preferido nesta fatia do globo.
Seja qual for a altura do ano, sou atingida por uma profunda sensação de serenidade e paz interior, ao absorver os tons, os sons e os odores destas paisagens.

Mackenzie-King, foi um homem deveras impressionante, com uma enorme visão, que nos legou este magnífico pedaço de solo por onde outrora caminharam ilustres personagens como Winston Churchill ou F.D. Roosevelt e se mantém nos nossos dias, tal e qual como ele o deixou.

Neste dia o sol não brilhou.
Permaneceu sempre por detrás de uma espessa camada nebulosa.
Porém a luz não faltou.
Teve sim, outra proveniência.



Para mais colorido, aponta aqui.

2 comentários:

PARTILHAS disse...

Amiga,
Existem lugares especiais no mundo, uns bons e pacificos, outros maus, muito maus!
Aqueles que nos pacificam o espirito e nos serenizam a alma, devem ser visitados amiudadas vezes, têm sempre algo de novo, para nos mostrar.
Beijinhos a todos.

Faroleiro disse...

Gostei das janelas, a ideia é interessante.
Adorei a foto 2riacho2 - Mackenzie-King Estate. Acho que ilustrava o tapete que tentei descrever no meu último post.
* :)