Hoje, quando voltava para casa, dou por mim a reparar (se bem que o faça também todas as outras noites quando viajo de autocarro, mas só hoje me deixei levar a publicar o que matutei)... a reparar no pessoal que me acompanha.
Com os olhos postos em cada cabeça que consigo ver, vou-os contando, todos os que estão de um lado e multiplico por dois... devemos ser uns 40 (é daquelas camionetas que parecem uma lagarta, dobra-se a meio) e dentro desses 40 consigo descortinar pelo menos, aí umas doze nacionalidades diferentes.
Ora... (aviso já que isto é um texto reflexão que vai ficar incompleto, sinto-o, e ter que continuar um dia mais tarde)... ora, o que me surpreende por demais, no meio desta sociedade, é precisamente, como é possível haver coesão entre tal multiplicidade étnica?
- um país que tem, pelo menos, 40% dos seus habitantes, origem que não seja inglesa nem francesa;
- não têm a mesma língua materna;
- costumes, crenças, modos de vida completamente diferentes.
Como, no meio destas dissemelhanças todas, se consegue obter homogeneidade?
No meio deste pluralismo, nota-se no geral, um caminhar lado-a-lado.
(e a este respeito já falei a "X", aqui há centenas de meses atrás, que iria publicar sobre isto, no entanto tenho vindo a adiar... continuo 'verde' no assunto... e por me achar 'verde' é que o vou deixar em aberto)
Hoje, fico-me pela pergunta.
Mais tarde, volto ao ataque; e para quem quiser dar a sua opinião, agradeço bastante que o faça... alarguem a minha visão (preciso de completar um projecto, por isso... venham daí novas ideias... eh eh eh)
quarta-feira, outubro 27, 2004
Multiplicidades
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2 comentários:
Há uns 800 anos atrás devia notar-se algo semelhante em Portugal. Mesmo assim, fomos andando, fomos andando... e hoje cá continuamos a andar, uns para um lado, outros para o outro, mas sempre a andar. Temos a vantagem de ter as mais velhas fronteiras da Europa, falarmos uma única língua, termos uma mesma religião (oficial) e de sermos uma só nação, um só povo. Demora o seu tempo a criar uma CIVILIZAÇÃO...!
Larus
Custa-me a compreender, Larus, custa mesmo.
É um andar quase(!) que desnorteado. Falta de incentivos?
Aquela garra a que fazes alusão, de há uns 800 anos atrás... esvaiu-se?
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