Segui a sugestão do Vítor, aluguei o tal filme (Spider) e de rastos trouxe também uns outros quantos.
Por casualidade escolhi e vi no mesmo dia, Secret Window (com Johnny Depp), que foca de certo modo o mesmo tema e por sinal um pelo qual eu me interesso bastante.
Deve ser com certeza para causar mais impacto e por consequência, mais venda de bilhetes, que os realizadores cinematográficos (ou melhor dizendo, os escritores) insistem em projectar uma imagem negativa das pessoas atingidas por esta dissociação psíquica.
Se bem que não é todos os dias que temos o prazer de dar de caras com semelhante indivíduo como o é J. Forbes Nash, podiam mesmo assim retratar casos de natureza menos "escura".
Quanto a mim só cria ainda mais afastamento em relação a estas pessoas, alargando o poço em vez de informar pela positiva.
terça-feira, agosto 31, 2004
segunda-feira, agosto 30, 2004
Um leve sopro
Foram quatro os anos de interregno da força laboral.
Entrei em acção no passado fim-de-semana e se bem que não tenha estado "inanimada" estes anos todos, o que é certo é que fiquei de rastos!
Benditos "patrõezinhos" que tive até agora; não me estafavam deste modo e sempre permitiam uns descansos intermédios a meu bel prazer.
Mas o corpo habitua-se de novo.
Agora... o que mais estranhei foi o que senti logo nos primeiros minutos assim que lá cheguei.
Eu, tão habituada que estou a proteger - ao mínimo indício de "perigo", o meu mecanismo de defesa emite logo uns arrepios pela espinha acima accionando o modo de "protecção/ataque" - eu, que estou sempre uns largos passos à frente deles, antevendo percalços; senti-me só, desarmada, frágil!
Ali, perante estranhos.
Será que afinal, em vez de ser eu a "fortaleza", são eles, os miúdos, que me permitem e me conferem esse estatuto?
Fiquei a matutar nisso...
E não é que hoje, por coincidência (ou não), sinto que mais umas penugens se fazem desaparecer para dar lugar a penas mais fortes que os sustentem e lhes permitam voar sozinhos e seguros.
Esta noite, terei menos uma face a quem dar um doce beijo e uns bracinhos rechonchudos a apertar.
Só hoje... a primeira.
Vou recorrer aos desenhos dela... aqueles a que ela com tanto empenho se entrega e dizer-lhe:
- Dorme bem, Pipoca... (beijo)
Entrei em acção no passado fim-de-semana e se bem que não tenha estado "inanimada" estes anos todos, o que é certo é que fiquei de rastos!
Benditos "patrõezinhos" que tive até agora; não me estafavam deste modo e sempre permitiam uns descansos intermédios a meu bel prazer.
Mas o corpo habitua-se de novo.
Agora... o que mais estranhei foi o que senti logo nos primeiros minutos assim que lá cheguei.
Eu, tão habituada que estou a proteger - ao mínimo indício de "perigo", o meu mecanismo de defesa emite logo uns arrepios pela espinha acima accionando o modo de "protecção/ataque" - eu, que estou sempre uns largos passos à frente deles, antevendo percalços; senti-me só, desarmada, frágil!
Ali, perante estranhos.
Será que afinal, em vez de ser eu a "fortaleza", são eles, os miúdos, que me permitem e me conferem esse estatuto?
Fiquei a matutar nisso...
E não é que hoje, por coincidência (ou não), sinto que mais umas penugens se fazem desaparecer para dar lugar a penas mais fortes que os sustentem e lhes permitam voar sozinhos e seguros.
Esta noite, terei menos uma face a quem dar um doce beijo e uns bracinhos rechonchudos a apertar.
Só hoje... a primeira.
Vou recorrer aos desenhos dela... aqueles a que ela com tanto empenho se entrega e dizer-lhe:
- Dorme bem, Pipoca... (beijo)
sábado, agosto 28, 2004
Sem Título
Lembras-te?
Pois foi... foi este o título que dei - bem, na verdade nem dei, deu-se - àquele poema.
Poema?
Continuo a preferir chamar-lhe de arroto poético.
A esse e a todos os outros que tracei bruscamente dando tudo de mim naquele momento.
Deves lembrar bem ao que ele incitou.
Sei que te toquei e disso muito me congratulo... banho-me nesse pensamento constantemente, porque não é fácil atingir-te deste modo como o fiz, sem mesmo eu o querer.
Deve ter sido um daqueles instintos horríveis que por várias vezes presenciaste em mim e me povoam...
E sabes?... Sem Título foi também tanta, mas tanta coisa que se passou entre nós.
Verdade seja dita, nomear para quê?
Eu já um dia o disse e se ainda aqui não escrevi, pensei-o:
acredito que existam sentimentos, sensações em que para as quais ainda não existam palavras que as definam.
Nem nunca irão existir.
Sempre, entre nós... e é de sublinhar este sempre, o mais importante nunca foi dito.
E continua a sê-lo.
Mesmo agora, neste preciso momento.
E o pior é que ambos o sabemos e nada podemos.
(não sei se publique estas linhas... são verdadeiras memórias imperceptíveis a quem possa ler... mas tive que as materializar... aqui neste papel... a estas horas da manhã porque ainda me desvias o sono)
~~
(... por agora :-) )
Pois foi... foi este o título que dei - bem, na verdade nem dei, deu-se - àquele poema.
Poema?
Continuo a preferir chamar-lhe de arroto poético.
A esse e a todos os outros que tracei bruscamente dando tudo de mim naquele momento.
Deves lembrar bem ao que ele incitou.
Sei que te toquei e disso muito me congratulo... banho-me nesse pensamento constantemente, porque não é fácil atingir-te deste modo como o fiz, sem mesmo eu o querer.
Deve ter sido um daqueles instintos horríveis que por várias vezes presenciaste em mim e me povoam...
E sabes?... Sem Título foi também tanta, mas tanta coisa que se passou entre nós.
Verdade seja dita, nomear para quê?
Eu já um dia o disse e se ainda aqui não escrevi, pensei-o:
acredito que existam sentimentos, sensações em que para as quais ainda não existam palavras que as definam.
Nem nunca irão existir.
Sempre, entre nós... e é de sublinhar este sempre, o mais importante nunca foi dito.
E continua a sê-lo.
Mesmo agora, neste preciso momento.
E o pior é que ambos o sabemos e nada podemos.
(não sei se publique estas linhas... são verdadeiras memórias imperceptíveis a quem possa ler... mas tive que as materializar... aqui neste papel... a estas horas da manhã porque ainda me desvias o sono)
~~
(... por agora :-) )
quinta-feira, agosto 26, 2004
Gosto que a vida corra a "passo" de bicicleta
Comparo esta sensação que temos enquanto pedalamos, como a que devemos ter quando se voa.
Encetamos viagem com o vento a bater-nos no rosto.
Nem rápido...
Nem vagaroso...
Uma velocidade que permite apreciar o que nos rodeia, detalhes que nos escapam no corre-corre diário e, ao mesmo tempo, conseguimos chegar mais longe!
quarta-feira, agosto 25, 2004
A minha originalidade só reside a nível de DNA.
E mesmo ao formular este pensamento, não devo ser única.
No entanto, e porque de ninguém a ouvi, nem a li em lado algum, esta reflexão é-me exclusiva... enquanto em mim.
A partir do momento em que sai, a todos que a lêem pertence.
m. leal
25 Agosto 2004
E mesmo ao formular este pensamento, não devo ser única.
No entanto, e porque de ninguém a ouvi, nem a li em lado algum, esta reflexão é-me exclusiva... enquanto em mim.
A partir do momento em que sai, a todos que a lêem pertence.
m. leal
25 Agosto 2004
Foi só um sonho
Estava eu sentada na sala, olhava preguiçosamente o dia banhar-se de sol matinal - por coincidência sonhava de novo de olhos abertos - quando a Verónica aparece e relutante senta-se ao meu lado.
Quando lhe vejo esta pequena resistência, acrescentada do ar perdido nas suas feições de menina, sei de imediato o que aconteceu.
- Tiveste outro sonho mau, não foi? - perguntei-lhe eu com um sorriso e um afago nos seus cabelos, ao que ela nem um "sim" murmurou, acenou
somente com a cabeça e neste momento as lágrimas desatam a cair.
- Conta-me lá... que se passou no sonho?
- I dreamed you died!...
Agora já não havia intervalo entre as lágrimas que corriam.
Mostrando-lhe uma cara de curiosidade enorme e sem demonstrar o
mínimo de terror por esse tema, perguntei-lhe:
- Hmm... como foi que eu morri?
- A lady was going to kill you..
- A lady?... como? Como foi que ela me matou?
- Well... you didn't really die... I saved you!
Abri-lhe um sorriso que nos aqueceu ainda mais que os raios de sol que
insistiam em espreitar pela janela, beijei-lhe as faces eternecidamente.
- ... e como foi que me salvaste?
- ... well... I asked her "How would you like it if I killed your mother?"
- What happened next? - acabo sempre por descair contra-vontade na
"anglofonia".
- I don't know... I woke up!
~~~~~~~~~
10:00
25 agosto 2004
Verónica - 7 anos
Quando lhe vejo esta pequena resistência, acrescentada do ar perdido nas suas feições de menina, sei de imediato o que aconteceu.
- Tiveste outro sonho mau, não foi? - perguntei-lhe eu com um sorriso e um afago nos seus cabelos, ao que ela nem um "sim" murmurou, acenou
somente com a cabeça e neste momento as lágrimas desatam a cair.
- Conta-me lá... que se passou no sonho?
- I dreamed you died!...
Agora já não havia intervalo entre as lágrimas que corriam.
Mostrando-lhe uma cara de curiosidade enorme e sem demonstrar o
mínimo de terror por esse tema, perguntei-lhe:
- Hmm... como foi que eu morri?
- A lady was going to kill you..
- A lady?... como? Como foi que ela me matou?
- Well... you didn't really die... I saved you!
Abri-lhe um sorriso que nos aqueceu ainda mais que os raios de sol que
insistiam em espreitar pela janela, beijei-lhe as faces eternecidamente.
- ... e como foi que me salvaste?
- ... well... I asked her "How would you like it if I killed your mother?"
- What happened next? - acabo sempre por descair contra-vontade na
"anglofonia".
- I don't know... I woke up!
~~~~~~~~~
10:00
25 agosto 2004
Verónica - 7 anos
terça-feira, agosto 24, 2004
segunda-feira, agosto 23, 2004
São coisas que me dão
Regra geral sou mulher de poucas palavras (a sério!), no entanto tem-se dado a oportunidade de me alongar para além desse meu costume, em diversos textos que já aqui coloquei.
Isto porque nao tenho propriamente a disponibilidade, não tanto de tempo mas sim do ambiente propício à concentração necessária (parece contraditório, mas nao é); entrar aqui, fazer das teclas minhas confidentes e descarregar nelas o que vai cá por dentro.
(vocês não querem saber quantas vezes o meu nome é proferido entre estas paredes, querem?)
Costumo por isso, escrever primeiro em papel (isto não é fazer batota, é?) naqueles minutitos livres (e faço-o às prestações!), intercalados com os minutões que mantêm esta mãe-a-tempo-inteiro, ocupada.
Daí haver maior profusão de ideias que parecem sair a jorro.
(acho que já perdi o fio da meada original...)
Onde eu quero chegar é aqui:
- aparecem-me súbitamente, como que do nada, certos pensamentos, aparentemente sem nexo; emergem-me à consciência assim como que escritos num espelho embaciado após um duche bem temperado.
Saiem aos tropeções... muitas vezes sem ligação plausível entre si.
Dantes, eu costumava aceitar a sua chegada e voltava a remetê-los lá para o fundo do esquecimento, principalmente pela falta de ricochete necessário ao seu desenvolvimento.
Agora... apetece-me publicá-los.
Já muitos vieram e foram.
Outros virão e serão aqui selados.
Mas... não temam.
Não vou exigir que me "abatam".
Tão simplesmente que fiquem desde já preparados para tal eventualidade sem nexo.
(como o post anterior, por exemplo).
Isto porque nao tenho propriamente a disponibilidade, não tanto de tempo mas sim do ambiente propício à concentração necessária (parece contraditório, mas nao é); entrar aqui, fazer das teclas minhas confidentes e descarregar nelas o que vai cá por dentro.
(vocês não querem saber quantas vezes o meu nome é proferido entre estas paredes, querem?)
Costumo por isso, escrever primeiro em papel (isto não é fazer batota, é?) naqueles minutitos livres (e faço-o às prestações!), intercalados com os minutões que mantêm esta mãe-a-tempo-inteiro, ocupada.
Daí haver maior profusão de ideias que parecem sair a jorro.
(acho que já perdi o fio da meada original...)
Onde eu quero chegar é aqui:
- aparecem-me súbitamente, como que do nada, certos pensamentos, aparentemente sem nexo; emergem-me à consciência assim como que escritos num espelho embaciado após um duche bem temperado.
Saiem aos tropeções... muitas vezes sem ligação plausível entre si.
Dantes, eu costumava aceitar a sua chegada e voltava a remetê-los lá para o fundo do esquecimento, principalmente pela falta de ricochete necessário ao seu desenvolvimento.
Agora... apetece-me publicá-los.
Já muitos vieram e foram.
Outros virão e serão aqui selados.
Mas... não temam.
Não vou exigir que me "abatam".
Tão simplesmente que fiquem desde já preparados para tal eventualidade sem nexo.
(como o post anterior, por exemplo).
domingo, agosto 22, 2004
No limiar da dor
Uma torneira.
A água que corre.
Olhar estarrecido no fio que brota.
Queima?
Gela?
Que sentes?
A ténue linha que separa opostos.
m. leal
agosto '04
A água que corre.
Olhar estarrecido no fio que brota.
Queima?
Gela?
Que sentes?
A ténue linha que separa opostos.
m. leal
agosto '04
sábado, agosto 21, 2004
Da família das ninfeáceas
Depois da Orquídea, esta é a flor que exerce sobre mim um claro fascínio:
- o Nenúfar ou Flor de Lótus, entre outros nomes.
Segundo os entendidos em linguagem de flores, o seu nome significa 'pureza de coração'.
Li algures também que suaviza os problemas.
Com certeza não passam somente de conjecturas que aliadas à sujestão pessoal de cada um, surtirá por certo efeitos variados e positivos, consoante o sujeito.
Mas que é um deleite para os olhos... lá isso é.
Se acrescentarmos ainda o som calmante da água que os banha... harmonia perfeita!
- o Nenúfar ou Flor de Lótus, entre outros nomes.
Segundo os entendidos em linguagem de flores, o seu nome significa 'pureza de coração'.
Li algures também que suaviza os problemas.
Com certeza não passam somente de conjecturas que aliadas à sujestão pessoal de cada um, surtirá por certo efeitos variados e positivos, consoante o sujeito.
Mas que é um deleite para os olhos... lá isso é.
Se acrescentarmos ainda o som calmante da água que os banha... harmonia perfeita!
quarta-feira, agosto 18, 2004
... que asas longas eu tenho! Servem para eu 'cantar'!
Se eu tivesse porventura falado na tal lenda infantil em que ela contracena com a formiga, aposto que a iriam visualizar rapidamente!
:-)
Este ser traz-me à lembrança cada singelo verão quente vivido em Portugal.
Aquelas tardes cálidas e pesarosas.
Aquele ar seco e ardente que deturpa a visão.
Comiam-se umas boas talhadas de melancia para saciar a sede que já nem a água conseguia surtir efeito e depois, de barriga reconfortantemente inchada daquela líquido fresco, as pestanas tornavam-se cada vez mais pesadas, ordenando dócilmente às pálpebras para se fecharem.
A música de fundo era essa... (mais zumbido que canção) a daquelas asas longas da cigarra que, de tão costumeira, já quase se tornava imperceptível aos meus ouvidos.
:-)
Este ser traz-me à lembrança cada singelo verão quente vivido em Portugal.
Aquelas tardes cálidas e pesarosas.
Aquele ar seco e ardente que deturpa a visão.
Comiam-se umas boas talhadas de melancia para saciar a sede que já nem a água conseguia surtir efeito e depois, de barriga reconfortantemente inchada daquela líquido fresco, as pestanas tornavam-se cada vez mais pesadas, ordenando dócilmente às pálpebras para se fecharem.
A música de fundo era essa... (mais zumbido que canção) a daquelas asas longas da cigarra que, de tão costumeira, já quase se tornava imperceptível aos meus ouvidos.
sexta-feira, agosto 13, 2004
Metamorfose
Não... não vou dissertar sobre Kafka mas sim falar sobre algo que vi ontem e achei extraordinario; muito mais do que ler sobre isso é vê-lo acontecer diante dos nossos olhos.
Como de costume, foi o Daniel que deu por tal fenómeno.
Ele está sempre em cima de qualquer acontecimento no que se refira a 'bichinhos' seja de que tamanho ou formato tenham.
E enganam-se se pensam que é para lhes espetar com o pé em cima... não senhor!
O miúdo tem uma verdadeira paixão por eles.
Descobri isso desde o dia em que encontrei duas minhocas, como animais de estimação, dentro do bolso das calças!
(ainda fui a tempo de o esclarecer que elas não viveriam muito tempo sem terra e humidade e lá foi ele todo ligeiro devolvê-las ao solo)
Ficamos embevecidos, durante pelo menos 2 horas, a olhar este insecto na sua transformação física.
Foi tal o frenezim à volta dele que até honras de ser visto pelos vizinhos ele teve.
Mas o que será?
Toca a fazer umas buscas no computador (bendita tecnologia no que diz respeito a assuntos de aprendizagem) e finalmente sabiamos o que estavamos a admirar.
E vocês?
Sabem por acaso do que se trata?
Quem souber... recebe um prémio! :-)
(uma das fotos dele, pode ser?)
Para quem tiver a mesma paciência que eu tive para as tirar, podem ver aqui o processo a que assisti.
DICA:
Fica adormecido durante 17 anos no subsolo (outros, 13 anos) para depois sair e entrar nesta transformação.
(se digo a outra dica, acertam todos!)
Como de costume, foi o Daniel que deu por tal fenómeno.
Ele está sempre em cima de qualquer acontecimento no que se refira a 'bichinhos' seja de que tamanho ou formato tenham.
E enganam-se se pensam que é para lhes espetar com o pé em cima... não senhor!
O miúdo tem uma verdadeira paixão por eles.
Descobri isso desde o dia em que encontrei duas minhocas, como animais de estimação, dentro do bolso das calças!
(ainda fui a tempo de o esclarecer que elas não viveriam muito tempo sem terra e humidade e lá foi ele todo ligeiro devolvê-las ao solo)
Ficamos embevecidos, durante pelo menos 2 horas, a olhar este insecto na sua transformação física.
Foi tal o frenezim à volta dele que até honras de ser visto pelos vizinhos ele teve.
Mas o que será?
Toca a fazer umas buscas no computador (bendita tecnologia no que diz respeito a assuntos de aprendizagem) e finalmente sabiamos o que estavamos a admirar.
E vocês?
Sabem por acaso do que se trata?
Quem souber... recebe um prémio! :-)
(uma das fotos dele, pode ser?)
Para quem tiver a mesma paciência que eu tive para as tirar, podem ver aqui o processo a que assisti.
DICA:
Fica adormecido durante 17 anos no subsolo (outros, 13 anos) para depois sair e entrar nesta transformação.
(se digo a outra dica, acertam todos!)
quarta-feira, agosto 11, 2004
Broken
...
You got away
You don't feel me here anymore
The worst is over now and we can breathe again
I wanna hold you high, and steal my pain..
Away
There’s so much left to learn, and no one left to fight
I wanna hold you high and steal your pain
...
~ Evanescence
As minhas escaladas
Estas semanas que estive ausente do meio ambiente em que estou de momento inserida, fizeram-me regressar ao passado (e de certo modo foi o passado que, por sua vez, me fez agir de modo a escolher visitar o lugar onde fui).
Viajando mentalmente no tempo, recordo-me daquela época em que por tanta e tanta vez nos confrontavam com esta derradeira pergunta:
- O que queres ser quando fores grande?
(sorrio neste preciso momento, ternamente, perante tal pensamento)
Por incrível que possa parecer, nunca aspirei a cargo algum de importante... nunca tive um sonho supremo que quisesse atingir, daqueles que mudam com cada oscilação da juventude... nada, nada de imponente a querer.
A não ser... uma certa fantasia que de tão pequenina em grandiosidade acabei por deixar estendida no percurso dos meus dias.
- Viver num barco!
Num daqueles barcos de madeira gasta, esbatida pelo sal, pelo tempo e pelo vento... daqueles barcos que no seu silêncio cantam as mais incríveis aventuras imaginadas...
Sendo eu de natureza contemplativa (se bem que ao mesmo tempo inquisitiva), tal seria o cenário ideal para me satisfazer.
Os anos voaram ao meu redor.
Tal turbilhão em que fui apanhada.
Sento-me, desafiante, nestes trinta e sete anos e apercebo-me que practicamente tudo o que me aconteceu; os passos mais importantes que dei; as viagens que fiz; foi como que de certo modo me tivessem levado a isso de olhos vendados, como quem joga à cabra-cega.
Muitos dos passos que dei, cheguei mesmo a fazê-lo, não por mim, mas por quem me era chegado.
Isto não é de modo algum um queixume.
Se for a pesar na balança de valores internos, eu não estou descontente com a linha que percorri, só que não foi directamente a minha escolha.
Agora, EU traço as linhas.
Visitar a Rota dos Farois foi um pequeno passo, no meio de muitos outros que pretendo (e estou) a fazer.
Ah... e o tal barco!
Voltou a 'habitar' cá dentro.
Viajando mentalmente no tempo, recordo-me daquela época em que por tanta e tanta vez nos confrontavam com esta derradeira pergunta:
- O que queres ser quando fores grande?
(sorrio neste preciso momento, ternamente, perante tal pensamento)
Por incrível que possa parecer, nunca aspirei a cargo algum de importante... nunca tive um sonho supremo que quisesse atingir, daqueles que mudam com cada oscilação da juventude... nada, nada de imponente a querer.
A não ser... uma certa fantasia que de tão pequenina em grandiosidade acabei por deixar estendida no percurso dos meus dias.
- Viver num barco!
Num daqueles barcos de madeira gasta, esbatida pelo sal, pelo tempo e pelo vento... daqueles barcos que no seu silêncio cantam as mais incríveis aventuras imaginadas...
Sendo eu de natureza contemplativa (se bem que ao mesmo tempo inquisitiva), tal seria o cenário ideal para me satisfazer.
Os anos voaram ao meu redor.
Tal turbilhão em que fui apanhada.
Sento-me, desafiante, nestes trinta e sete anos e apercebo-me que practicamente tudo o que me aconteceu; os passos mais importantes que dei; as viagens que fiz; foi como que de certo modo me tivessem levado a isso de olhos vendados, como quem joga à cabra-cega.
Muitos dos passos que dei, cheguei mesmo a fazê-lo, não por mim, mas por quem me era chegado.
Isto não é de modo algum um queixume.
Se for a pesar na balança de valores internos, eu não estou descontente com a linha que percorri, só que não foi directamente a minha escolha.
Agora, EU traço as linhas.
Visitar a Rota dos Farois foi um pequeno passo, no meio de muitos outros que pretendo (e estou) a fazer.
Ah... e o tal barco!
Voltou a 'habitar' cá dentro.
domingo, agosto 08, 2004
Hopewell Rocks
A poeira vai assentando, amontoando-se nas frinchas, que por sua vez continuam a aumentar de número.
Assentar, assentei eu também os meus pés no fundo do mar, em tempo de maré baixa.
No fundo deixei a minha marca.
Esse fundo para sempre em mim ficou marcado.
Assentar, assentei eu também os meus pés no fundo do mar, em tempo de maré baixa.
No fundo deixei a minha marca.
Esse fundo para sempre em mim ficou marcado.
terça-feira, agosto 03, 2004
Esta 'casa' já cheira a mofo ;-)
De volta ao betão armado,
ao asfalto apressado,
aos semblantes carregados.
Trouxe comigo o sabor rejuvenescedor do sal,
o canto das baleias à solta
e a vontade de sair daqui.
ao asfalto apressado,
aos semblantes carregados.
Trouxe comigo o sabor rejuvenescedor do sal,
o canto das baleias à solta
e a vontade de sair daqui.
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