quinta-feira, junho 02, 2005

Ecos



Á medida que a temperatura descia pela noite dentro, e o bafo de ar se tornava visível, o cheiro da caruma a queimar ao relento e o seu distinto crepitar que lança pirilampos pela noite fora, emergiam, da escuridão da memória, em proporção inversa à descida, certas passagens antigas "Quantas camisolas trazes hoje?", "Quatro!", "Ah... eu tenho cinco!!... e meias?".
E a geada pelas manhãs no vale do Ave.


Ecos desaparecidos de um tempo, reunidos no baralho de âmbito alheio.
Memórias em que os olhos se estendiam na passadeira do futuro, encontraram-se ali, neste tempo onde os olhos se voltam para a escadaria do passado.
Em quase nada se relacionam senão pelo ser comum.
Misturas num (e de um) caldeirão que, ora aquece, ora arrefece.

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Bon Echo

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