sábado, dezembro 04, 2004

Som de embalar



Pink Floyd rasgava o ar,
"Home, home again
I like to be there when I can..."
.

Nunca apreciei tanto permanecer no vermelho, como naqueles minutos que se lhe seguiram.
Teria ficado ali por muitos mais vermelhos, não fossem as buzinas que iriram estilhaçar o momento.

Ali... mesmo em frente, a uns 35º da linha do horizonte (nunca eu a vira tão baixa, palpável) vi-me lá, "home, home again", deitada sobre aquele manto cremoso de quarto minguante; perfeito gomo de embalar.

São momentos como este que pertencem à tal cadeia-por-ser e quando acontecem, elas nem pedem licença; transbordam e fluem naquele leito morno, sem que lhes seja necessário indicar o trajecto.