quinta-feira, maio 19, 2005

Expressões

Não me considero uma crítica de belas artes, a análise que lhes possa vir a fazer é puramente baseada numa certa relação 'amorosa' que enceto quando vejo obras que me toquem, cá dentro. Por essa razão, tenho uma certa dificuldade em aceitar como arte todas as obras que vejo serem exibidas, mesmo se tratando de galerias ou museus conceituados.

Caixas de cartão empilhadas, árvores artificiais com luzes e paineis, uma dezena de altifalantes de um palmo quadrado, 5 de cada lado das paredes de um corredor a soltarem gemidos diferentes; tudoisto para mim não tem nenhum significado.
Mas se calhar sou eu. Sem a sensibilidade para lhes apreender a beleza que possam ter.

Por isso achei como mais conveniente e atribuí esta minha medição privada, baseada no que cada obra me transmite, sem olhar muito a críticas profissionais.
O sentir-me bem com o que vejo.
Um bem estar perante a composição defronte de mim e procurar retirar dela alguma aprendizagem da época em que foi idealizada e trabalhada.

Aprecio obras nas suas mais variadas inclinações, mas tenho uma verdadeira paixão pelo Surrealismo e pelo Impressionismo.
Em relação ao primeiro, aproximo-me o mais que posso para assimilar cada detalhe na sua minúcia; e ao segundo, afasto-me, para lhe poder extrair toda a beleza de um olhar só, como me convém.

Sempre que posso, dedico-me ao museu mais perto que houver. Nesta minha última incursão, apanhei esta preciosidade. Quem diria que esta posição seja tão apreciada.

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Arch of Hysteria (1993) por Louise Bourgeois (Paris)
bronze, silver nitrate patina

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