Caixas de cartão empilhadas, árvores artificiais com luzes e paineis, uma dezena de altifalantes de um palmo quadrado, 5 de cada lado das paredes de um corredor a soltarem gemidos diferentes; tudoisto para mim não tem nenhum significado.
Mas se calhar sou eu. Sem a sensibilidade para lhes apreender a beleza que possam ter.
Por isso achei como mais conveniente e atribuí esta minha medição privada, baseada no que cada obra me transmite, sem olhar muito a críticas profissionais.
O sentir-me bem com o que vejo.
Um bem estar perante a composição defronte de mim e procurar retirar dela alguma aprendizagem da época em que foi idealizada e trabalhada.
Aprecio obras nas suas mais variadas inclinações, mas tenho uma verdadeira paixão pelo Surrealismo e pelo Impressionismo.
Em relação ao primeiro, aproximo-me o mais que posso para assimilar cada detalhe na sua minúcia; e ao segundo, afasto-me, para lhe poder extrair toda a beleza de um olhar só, como me convém.
Sempre que posso, dedico-me ao museu mais perto que houver. Nesta minha última incursão, apanhei esta preciosidade. Quem diria que esta posição seja tão apreciada.
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Arch of Hysteria (1993) por Louise Bourgeois (Paris)
bronze, silver nitrate patina
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