(o primeiro copo vai para o DervixeRodopiante, que me avivou a memória em relação a este assunto)
Uma nova tradição canadiana com origem na Alemanha.
Como quase todas as boas descobertas, esta também teve um nascimento um tanto acidental.
Produtores de vinho em Franconia tornaram necessidade em virtude quando por acaso esmagaram uvas geladas e ficaram surpreendidos pelo elevado teor de açucar.
Corria então o ano de 1794 (assim dizem os entendidos).
Mas só por volta de meados de 1800 é que se começou a produzir icewine intencionalmente.
No Canadá, e em muito pequena escala, Walter Hainle produziu pela primeira vez este néctar, em 1973.
Nos dias que correm, o Canadá é o maior produtor deste vinho doce, rico e raro, vindo a maior parte da colheita da área da Península de Niagara.
Tal como o nome leva a sugerir, os cachos de uva ficam na videira até muito mais tarde e só são apanhados (de preferência antes das 10h da manhã e a uma temperatura que não exceda os -8ºC) após terem sido "aconchegados" com uma boa dose de neve e geada de inverno. Este tratamento faz com que desidrate os bagos e lhe concentre os açucares, ácidos e aromas, intensificando desse modo os sabores.
As uvas congeladas (e nunca deverá tratar-se de um congelamento artificial) são pisadas no exterior, a um frio extremo. A água contida no sumo, permanece congelada em cristais de gelo e somente umas poucas gotas de sumo concentrado é obtido.
Procede-se então à fermentação lenta do sumo, o que leva vários meses, parando naturalmente.
A título de curiosidade:
- A Ásia é o maior exportador de icewine canadiano;
- Uma garrafa de 375ml pode atingir os "seus" $300;
- No Canadá, o preço médio para uma dessa garrafitas é de $45.
Tragam os queijos, eu forneço o vinho! ;-)
... tchim, tchim