"... sentir que perdi a tua amizade."
Se é verdade que nada possuimos; somos no mínimo inquilinos daquilo que julgamos possuir no momento; também é verdade que Amizade (e no meu conceito, este termo é bastante limitado tendo em conta o valor que geralmente lhe é dado) não se possui mas tem-se.
Tem-se na medida em que se é.
Esses pedaços que fomos dando reciprocamente, fazem de mim o pensamento que sou hoje e serei amanhã.
Sempre.
Eu não posso perder algo que me compõe. Algo que faz parte da minha estrutura interna.
O que mudou foi o compasso.
Mesmo desejando o antigo, presente; a mudança era premente, não lhe dou luta.
Só que agora o compasso é nulo.
O ió-ió tende a balançar-se lá no fundo sem a propulsão necessária para subir.
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