quinta-feira, fevereiro 21, 2008




Há sempre regra que tenha excepções, e esta da minha promessa abaixo, foi uma delas. Já agora, o tal prometido, foi-o, para o caso de poder sair da noite de mãos a abanar...

Mesmo sem ajuda de lentes de maior alcance, e um pouco turva, eu sei:




Aqui já só faltava uma pequena fatia do lado direito da face lunar.
A cor era assim mesmo: alaranjada.






E sempre lhe acertaram em cheio.
Vamos é a ver quando é que nos vamos sentir atingidos pelos restos dele.


A propósito: Acho incrível que tenham conseguido fazer tamanha proeza, e, no entanto, quanto ao Laden, nada! Deve andar escondido nalguma Bin invisível; mesmo à prova de infra-vermelhos.



quarta-feira, fevereiro 20, 2008





Está linda, linda, linda!
Muito em jeito de déjà-vu com um passaporte de 3 anos já--se não me engano--, assim se passou este fenómeno num mesmo dia de escola, noite fria, regresso a casa e vejo-a. Acompanha-me praticamente todo o caminho, ali mesmo à minha frente, e depois mais para o lado direito até que estaciono e ela se posiciona na esquerda.
Hoje então, está grandiosa! Num firmamento impecavelmente limpo, com uma boa visão para o que está para vir.
Numa noite destas algo de especial deveria acontecer.
Seria injusto para tal dama que nada de mais se passasse para além da gasolina chegar a 1,10 dólar, para além dos vizinhos dispararem contra o satélite e este nos vir a dar, inevitavelmente, quer seja atingido quer não, uma enorme
dor de cabeça. Ah e os chineses, falta-me falar nos chineses... pois.
Seria injusto, sim.
Hoje, seria uma noite digna para algum anjo regressar às luzes.
Agora, se me dão licença, vou admirar este espectáculo e... prometo não trazer fotos.





sexta-feira, fevereiro 15, 2008





Duas épocas distintas da minha vida, que em quase nada se podem assemelhar aparte do mesmo sujeito. Um Eu que, embora em constante mutação, traga sempre arreigados os fios condutores do seu passado.
Uma dessas épocas, Torquay 1985, quando descobri este poema de Yevgeny Yevtushenko.
A segunda, esta, quando pousei os olhos nestes traços de Gustave Doré.
Há entre elas uma ponte profundamente perturbadora.



Colours*

When your face
appeared over my crumpled life
at first I understood
only the poverty of what I have.
Then its particular light
on woods, on rivers, on the sea,
became my beginning in the coloured world
in which I had not yet had my beginning.
I am so frightened, I am so frightened,
of the unexpected sunrise finishing,
of revelations
and tears and the excitement finishing.
I don't fight it, my love this is fear,
I nourish it who can nourish nothing,
love's slipshod watchman.
Fear hems me in.
I am conscious that these minutes are short
and that the colours in my eyes will vanish
when your face sets.






White Rose
Dante and Beatrice and the Heavenly Host of Angels




* Translation from Russian © Robin Milner-Gulland and Peter Levi







Continuo fiel ao mesmo deus.



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sábado, fevereiro 02, 2008




Pigarrear.
Foi com esta palavra que me apeteceu, há dias, cá voltar. Escusado será dizer que não foi bem sucedida. Bem sucedida, a palavra.
Hoje, num passeio pelo mato esbranquiçado, dei de caras com este pingente gelado do tamanho perfeito de uma úvula. Uma úvula congelada como a minha a precisar de pigarrear.




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