quarta-feira, setembro 28, 2005

Dois casos a medir



Vêm por Dose e a Metro. Diária e gratuitamente desde há uns meses para cá.
Dois jornais (!?) a encherem as ruas, literalmente.
Não andei na recolha do lixo, nem formulei gráficos de entrada de dados, mas, a peso de olhos, diria que existe para aí um aumento de 90% de sujidade por todo o lado onde se diz ser superfície.
As pessoas são as mesmas, o que mudou parece ter sido o 'poder de compra'.

Este já estava esquecido

Rascunhado a 7 Setembro 2005

Por ironia, ou se calhar não, o feriado de Labour Day marca o regresso à aprendizagem rotineira, o fim sazonal das noitadas a cinco, o ouvir de novo o tic-tac de algum relógio atirado há meses para um canto.
A linha de montagem volta a rolar.
Mochilas alinhadas no cabide da cozinha e lancheiras enfiladas no balcão à espera de serem atestadas. Este é o primeiro ano em que elas atingem o expoente máximo na conquista ao título numa competição que lhes é completamente desconhecida.
Não lhes quero abrir os olhos; quero que eles o saibam fazer por si mesmos e que eu saiba onde traçar a linha, aquela que separa a minha da vida deles.


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quinta-feira, setembro 22, 2005

Lentes de Contacto XV



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A cor de um Verão que teima em ficar.

segunda-feira, setembro 19, 2005



Será de confiar no trabalho duma professora que escreve na agenda de um aluno:

«Daniel needs is duotang for French.»


Eu bem tinha dito que me apetecia matar alguém...

sexta-feira, setembro 16, 2005

Da gaveta de dentro - III



Há pessoas com um espantoso poder de síntese.
Num só olhar transmitem anos de frases amarelecidas pelo tempo.



(escrito hoje; a visão é de algures, no futuro)

quinta-feira, setembro 08, 2005

The twilight zone

Hoje, veio-me à memória um desses episódios quando acabo de desligar o telefone após ouvir esta mensagem:

We're sorry, the number you have reached, is not in service. Please check the number or try your call again. This is a recording.

Segundos antes, tinha, eu mesma, levantado o ascultador para atender uma chamada vinda desse mesmo número. É certo que não houve voz do outro lado, mas senti o telefone ser pousado após uns segundos a ouvir-me dizer Hello.
Será fiável o serviço de Call Display?

sexta-feira, setembro 02, 2005

Sepia



Quando o mais pequeno monossílabo emperra e custa a sair; quando o abandono às palavras se troca pelo abandono delas, os olhos insistem em se cravar no tecto branco de relevo picotado, onde se desenham todas as obras imaginadas, entrecortadas com a sombra do dia.
Enterram-se no branco do tecto à espera de ver folhear os dias, um após o outro, em branco.

Olho de vidro



Constrois a tua derradeira fortaleza entre duas paredes de vidro na procura, quem sabe, do sustento que talvez nem virá.